Volta e meia me refiro ao conceito de "âncora tecnológica" aqui no blog. Como hoje a maior parte dos títulos é multiplataforma, e eles precisam rodar redondo em todas elas, as desenvolvedoras nivelam seus jogos pelo menor denominador comum. No caso, os consoles, já obsoletos em termos de processamento gráfico. Claro, o PC costuma ter a versão mais bonita, mas a diferença nunca é dramática, mesmo considerando que os jogos de PC têm resoluções bem superiores. É compreensível que seja assim. Afinal, seria economicamente inviável desenvolver uma
engine específica para o PC, que fizesse uso de todo o seu potencial adormecido. Tampouco são gerados
meshes ou texturas específicos para o PC. São disponibilizadas texturas com uma amostragem um pouco superior, e olhe lá. Nada que vá realmente arregalar os olhos do jogador. Ou estourar o orçamento da desenvolvedora, obrigado.
Mas, afinal de contas, será que essa diferença entre o PC e seus irmãos consoles é tão substancial assim? Será que isso não é pura balela para estimular a venda de placas gráficas? Qual a real ordem de grandeza dessa diferença? É possível mensurá-la? Para responder a essas perguntas, tentarei fazer algumas aproximações
(*). Creio que, mesmo com uma boa margem de erro, chegarei a um resultado não muito distante da realidade atual. Vamos lá? (Se o leitor estiver com preguiça de acompanhar todo o raciocínio desenvolvido e os cálculos realizados, pode pular direto para a seção "
Resultados", mais abaixo)